Roberval Raulino da Silva nasceu em 10 de março de 1963, na Colônia Cinco Mil, quinto filho dos 13 que tiveram Manoel Gregório da Silva e Cristina Raulino da Silva. Entre 6 e 7 anos começou a tomar Daime e, aos 13, esse “menino homem” já tocava na igreja, recebia hinos e liderava os mutirões da garotada. 

Teve educação amorosa e disciplinadora dos pais e convívio intenso com os muitos irmãos, primos e tios, na grande família que se formou da união dos Gregório com os Raulino e os Mota de Melo. Embalado pela força do tio Sebastião, dos primos Valdete e (V)Alfredo, do mano Odemir e dos outros professores, vencia a timidez e se apresentava na mesa, estudando a música e as letras dos hinos com afinco. 

Bal conta que foi o primeiro a pular no solo da futura Vila Céu do Mapiá. Chegaram na tarde do dia 21 de janeiro de 1983, fundando a vila. Dois dias depois, chegaria a canoa Florestão, com a turma de trabalhadores e a Maria Alice Nascimento... A sobrinha do Roberto Corrente morava com o Valdete e a Dodô. O casal se formou e gerou Damião, Rafael, Rosália, Guaracy, Tupiraci e Robervana. E, mais tarde, muitos netos.

Com a família consolidada, foi cumprir a profecia do tio Sebastião, aprimorar sua música, que um dia iria levá-lo muito longe. Era chamado para tocar nos trabalhos semanais e ia firmando uma parceria com o primo, cunhado, amicíssimo e padrinho, Alfredo. Vinham chegando “os expansores” da igreja.

Era tempo de decolar, conhecer o mar, as montanhas, planaltos e minas, metrópoles e pampas, até chegar aos continentes. Ensinando e aprendendo, foi fazendo amigos em todos os cantos, mostrando seu valor e o valor da sua Doutrina. Agora tem a responsabilidade de dar conta do que espalhou pelo planeta, a missão de dar prova do que foi levado. E vai juntando aliados, confiante e agradecido por ter participado da fundação, consolidação e expansão desta Linha, sempre com humildade e simplicidade. Seu incentivo é o vigor, dentro do que o Padrinho Sebastião deixou, para trabalhar na união, na parceria, na amizade, no sustento da família com a terra, sempre pronto a atender o mundo inteiro. Maduro, o menino virou maestro.


Texto: Oswaldo Guimarães

fonte: Canal Jagube

YouTubeFacebookInstagramPinterestLink